A qualidade do ambiente de trabalho e os resultados de um clima gostoso e confortável têm sido assunto recorrente, especialmente entre quem precisa gerenciar equipe e busca extrair o melhor resultado do time.
Quem já é trabalhador independente acaba ficando em dúvida sobre qual é o melhor formato. Apostar no home office, pela facilidade de ficar em casa, contratar um plano em coworking para interagir com mais gente ou tentar montar escritório próprio para impressionar os clientes?
A sugestão é que você avalie os pontos positivos de todos eles e fique apenas com as coisas boas! Isso serve para quem trabalha sozinho ou para quem tem a missão de coordenar e motivar uma equipe inteira.
Focando na concentração
Uma das maiores lutas da sociedade atual é buscar foco e concentração, em todas as áreas e idades. Esse não é um problema apenas de quem trabalha com Internet, mas algo que atrapalha até as crianças nas escolas. Se a geração atual sofre com a falta de foco, imagine o que pode acontecer com as próximas. Por isso é tão importante saber como você se concentra melhor.
Pesquisadores já listaram uma série de ações que podem ajudar você a ter mais foco. Diminuir a quantidade de cafeína, meditar, fazer exercícios regularmente e evitar as execuções de várias tarefas ao mesmo tempo. Lendo até parece fácil, mas como colocar isso em prática?
A psicóloga Maressa Cabral, especialista em carreiras, explica que o autoconhecimento é ponto de partida para nos auxiliar a encontrar o melhor ambiente de trabalho e torná-lo produtivo. “Quando falo em autoconhecimento, falo de algo realmente mais profundo, e não simplesmente saber informações superficiais sobre si.
É claro que existem fatores externos, principalmente quando falamos de uma empresa onde estamos de certa forma subordinados às regras e condições do ambiente, porém entender como o ambiente de trabalho me afeta ou como eu o transformo pode ser o ‘pulo do gato’ para começar a identificar possíveis modificações em ambas as partes.”
E complementa que, quanto mais nos conhecemos, mais facilidade temos para flexibilizar certas coisas, o que nos torna mais adaptáveis.
Tarefas analíticas dependem da concentração
Tradicionalmente, ambientes que proporcionam aumento do foco e da concentração são mais sérios, sóbrios e silenciosos. Se você trabalha sozinho, talvez perceba que as tarefas analíticas, que precisam de um pouco mais de concentração e silêncio, são mais bem executadas em casa, em um ambiente 100% controlado por você.
Para quem trabalha em empresa ou frequenta diariamente um espaço compartilhado, como um coworking, a dica é separar horas do dia ou da semana para trabalhar na sala de reuniões e aproveitar para realizar as tarefas que pedem mais concentração.
Além disso, designer de interiores Rubyane Borba explica que os espaços têm muito poder na produtividade, e a adequação deles pode favorecer tarefas mais analíticas ou criativas.
“Acredito que inclusive pode se fazer um mix dos dois. Separar um espaço com cores neutras, luz controlada e sem ruídos para as atividades analíticas ajuda muito a manter o foco e a concentração. Por outro lado, fazer atividades criativas num espaço assim pode ser monótono, o processo de brainstorming pode ser entediante e muito custoso pois não há estímulos”, avalia.
Então, já sabe. Na hora de trabalhar com planilhas, dados e estratégias, que pedem foco e concentração, o ideal é buscar um ambiente, silencioso, com poucas interações externas.
Estimulando a criatividade
Chegou o grande momento de ter novas ideias, pensar em sugestões diferentes para o trabalho? Parece que ficar na sua mesa de trabalho (em casa, no coworking ou no trabalho) não tem trazido resultados? Então existem grandes chances da sua mente não estar sendo estimulada o suficiente!
Art Markman, professor da Universidade do Texas, lista como uma das características fundamentais para manter a criatividade em alta estar sempre aberto. Isso reflete o quanto você está motivado a considerar novas ideias, conceitos e experiências. De acordo com o professor, os mais criativos são tipicamente pessoas muito abertas. Mas, se você resiste a novas ideias e experiências, não significa que não pode ser criativo. Significa apenas que precisa desenvolver um novo conjunto de hábitos para experimentar novas ideias, em vez de rejeitá-las apenas porque são novas.
Bom, nessa abertura de ideias é que entram espaços criativos, colaborativos, com gente diferente para trocar ideias. A designer de interiores Rubyane Borba dá a dica sobre a construção de um espaço ideal para alimentar a criatividade. “Um bom espaço para atividades criativas pode ter cores, formas diferentes, luzes quentes e aconchegantes. Um simples espaço com sofá e paredes em cores diferentes pode favorecer esse estímulo. Dispor uma estante com livros e revistas para pesquisa e para relaxamento também faz muita diferença”, explica.